quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Copenhaga dia 1 - já me arrependi

..de ter feito a barba!!

Aeroporto

copenhaga surgiu debaixo do trem d aterragem (felizmente), numa aterragem tranquila c travagem no gelo, feita decerto pela instrumentação ILS, após uma aproximação em que a aeronave da TAP esteve aninhada nas nuvens desde os 2000m aos 200m de altitude. Logo à saída da manga do avião havia polícia com cães a farejar. Os portugueses sempre comercializaram muitas especiarias... Felizmente a bagagem chegou intacta, não me queria habilitar a perder as minhas meias da sorte! Encaminhei-me então para o táxi, tendo dado a morada onde iria pernoitar nos dias seguintes.

Casa

Chegado à morada, após percorrer uma estrada marginal, fui recebido por um jovem de dois modestos metros de altitude e gadelha comprida com rabodecavalo. Tive que levantar o mento (queixo) para o poder ver bem! Olhos azuis, o cliché desta zona, claro, tal como os da namorada dele que conheci de noite, que ainda se encontrava a trabalhar. Deu-me as chaves de casa, e prontamente me lancei à cidade.

Metro

A caminho do metro, primeiras surpresas: há dejectos de canídeo nos passeios nevados!! E afinal os copenhaguenses também atravessam quando o sinal está vermelho. Que traquinas, parecem portugueses.

Aguardo pelo metro, que pelos vistos é mágico, não tem condutor, e passa com frequência de dois minutos. É tão quentinho... Mais: as estações apenas têm saída para uma rua (não é a macacada de saídas e galerias do metro do saldanha, das quais usufruo e gosto =), sempre com ligação directa de elevador e de escadas rolantes duplas (duas ascendentes e duas descendentes), havendo estações em que as plataformas são do estilo aquário, com portas automáticas alinhadas com as portas das carruagens, impedindo que os putos atirem as bolas para os carris do metro, bem como impedindo que haja variação de temperatura entre as carruagens e as estações de metro, todas climatizadas (quem nunca ficou c os pavilhões auriculares gelados na estação da cidade universitária de lisboa (linha amarela)?? Deve ser um acordo com a comissão de praxes de alguma mui nobre academia lisboeta, decerto).

Curiosamente, os bilhetes são tipo módulo, nada electrónicos, com maquinetas que os obliteram, como os BUCs da Carris, lembram-se? Todavia, podem ser usados tanto no metro como nos autocarros, que também são frequentes.

Cidade

Inicio a descoberta da cidade às quatro e tal da tarde, que já é noite cerrada. A zona ainda tem algum movimento, com pessoas que aparentam ir fazer as últimas compras antes de se refugiarem em casa, sendo a rua principal dominada por lojas de roupa, desde a Ibérica Zara até algumas lojas de estilistas escandinavos, suponho eu (têm aqueles caracteres com bolinhas engraçados), estando pejada também de irish e english pubs.

Existem muitos músicos de rua, com guitarras, acordeão, violinos, todos eles amplificados. Engraçado, o músico do acordeão iniciou a música do "the Godfather" quando eu passei.. espero que seja bom presságio. Continuo a caminhada, vou tirando algumas fotos de quando em vez, e chego ao posto de turismo. Entro e reparo que está fechado, tendo aproveitado para aquecer com um chocolate quente no café que permanece aberto no mesmo espaço do posto de turismo, pensando que não devia ter feito a barba.

Alguma penugem na face daria jeito, para amortecer um bocadinho que fosse o vento gelado que me congela os lóbulos das orelhas (que estão fora do gorro) e as narinas, que já nem detectam o sensual pingo que se arrisca a fundar uma estalactite de exsudado seroso. Ao menos o mucoso não pinga!! Quando mais mucosa a ranhoca, mais viscosa. E proteica! Só para que se saiba (se for colorida, pode ser que tenha umas bactérias aprisionadas - será que agora se escreve batérias?..). Adiante..

Repouso

Regresso ao lar (aliás, à casa do Lars-Emils e da Emilie, ilustres couchsurfers), tendo devorado alguma junk food pelo caminho, praise the lord (menu com 2 cheeseburger e cola, que nunca peçoo em Portugal, mas agora...todas as calorias são poucas). Ao chegar a casa, os anfitriões recebem-me com um chá delicioso. Conversámos durante umas horas, tendo sido presenteado com marcação de um roteiro no mapa que usaria no dia seguinte. Disseram-me que estava cheio de sorte, uma vez que este inverno foi dos mais rigorosos das últimas décadas, tendo as autoridades temido pela deplecção das reservas de sal utilizado para impedir a formação de gelo nas estradas, nas ciclovias e nos passeios, sempre impecáveis e transitáveis. A temperatura tinha acabado de subir, não nevava há alguns dias, muito embora o sol não mimasse a cidade com os seus beijinhos.

Enfim, atirei-me ao couch e fiz um ganda surf até à manhã seguinte, pensando antes de adormecer: ontem Faro, hoje Lisboa e Copenhaga..

ps- amanhã o Mundo x) uahahah
pps- Obrigado, a quem de direito 8)

2 comentários:

  1. Diverte te muitooooooooooooooo!! :)
    Queremos vêr fotooss! (Eu quero! lol)

    Have a nice 2nd day! :)

    Beijinhos

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